12 research outputs found

    Alta prevalência do genótipo 1 em portadores de hepatite C crônica em Belo Horizonte, MG

    No full text
    O vírus da hepatite C é caracterizado pela significativa heterogeneidade genética e é atualmente classificado em seis genótipos principais e diversos subtipos. A determinação do genótipo do vírus tem importância na prática clínica para orientar o tratamento dos pacientes portadores de hepatite C crônica. A prevalência dos diferentes genótipos e subtipos do vírus da hepatite C não tem sido amplamente estudada em algumas regiões do Brasil. Neste estudo foram analisadas 788 amostras de pacientes portadores de hepatite C crônica atendidos nos Centros de Referência em Hepatites Virais de Belo Horizonte, entre 2002 e 2006. A genotipagem do vírus foi realizada por seqüenciamento direto da região 5’ UTR. Adicionalmente, foi realizada análise filogenética incluindo todas as variantes genotípicas obtidas. Observou-se alta prevalência do genótipo 1 (78,4%; 1b [40,4%], 1a [37,5%] e 1a/b [0,5 %]), seguida pelo genótipo 3a (17,9%) e pelo 2b (3,1%). Foram identificadas três amostras (0,4%) com o genótipo 2a/c e duas amostras (0,2%) com o genótipo 4. A análise filogenética mostrou a segregação esperada das seqüências obtidas junto às seqüências de referência para os genótipos 1, 2, 3 e 4, exceto em duas amostras do genótipo 1a. A alta prevalência do genótipo 1 (78,4%), encontrada na população de Belo Horizonte é semelhante à previamente descrita em outras cidades, como Rio de Janeiro, mas superior à encontrada em São Paulo e no Sul do país. A presença de raras seqüências atípicas da região 5’UTR sugere a presença de variantes do vírus da hepatite C nesta população

    Discordância de apresentação da doença celíaca em gêmeos monozigóticos

    No full text
    CONTEXTO: A doença celíaca é uma enteropatia autoimune causada pela sensibilidade ao glúten em indivíduos geneticamente predispostos. Apesar da característica genética da doença, estudos demonstram discordância de 30% na sua apresentação em gêmeos monozigóticos. OBJETIVO: Apresentar dois pares de gêmeos monozigóticos, comprovados por estudos genéticos, discordantes para apresentação da doença celíaca. MÉTODO: Os pacientes foram acompanhados no Serviço de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais desde 1990, sendo submetidos a exames clínicos periódicos, biopsias intestinais e sorologia para anticorpos IgG e IgA antigliadina, determinados pela técnica de ELISA (ensaio imunoenzimático), e anticorpos classe IgA antiendomísio, determinados pela técnica de imunofluorescência indireta. Estudos genéticos foram realizados através da técnica de amplificação por PCR e posterior tipagem de loci de microssatélites do tipo STR (short tandem repeats). RESULTADOS: Em cada par de gêmeos, apenas um apresentou doença celíaca até o momento, mostrando que, apesar do genótipo idêntico, este não foi o único determinante para a expressão da doença. CONCLUSÃO: Outros fatores, ambientais e genéticos, parecem contribuir para determinação da doença

    Associação entre a contagem de linfócitos T CD4+ e a gravidade da neoplasia intra-epitelial cervical diagnosticada pela histopatologia em mulheres infectadas pelo HIV Association between CD4+ T-cell count and intraepithelial cervical neoplasia diagnosed by histopathology in HIV-infected women

    Get PDF
    OBJETIVO: avaliar a associação entre a contagem de linfócitos T CD4+ e a gravidade da neoplasia intra-epitelial cervical em pacientes HIV positivas. MÉTODOS: estudo transversal no qual foram incluídas 87 pacientes infectadas pelo HIV, confirmado por testes sorológicos prévios. Todas eram portadoras do HPV cervical, diagnosticado por meio da reação em cadeia da polimerase. Foram realizados anamnese, exame físico e colposcopia de todas em pacientes. A biópsia do colo uterino foi realizada quando indicada pelo exame colposcópico. Os resultados histopatológicos foram classificados com neoplasia intra-epitelial de baixo grau (NIC I) ou de alto grau (NIC II e II). A associação entre a contagem de linfócitos T CD4+ e a gravidade da lesão foi verificada por meio da comparação de médias utilizando a análise da variância (ANOVA). RESULTADOS: entre as 60 pacientes biopsiadas foram encontrados 24 casos (40,0%) com NIC I, oito (13,3%) NIC II, três (5%) NIC III, 14 (23,3%) pacientes somente com cervicite crônica e 11 (18,3%) apresentando efeito citopático produzido pelo HPV, mas sem perda da polaridade celular. Isso equivale a 35 mulheres com lesão intra-epitelial de baixo grau (NIC I + HPV) (58,3%) e 11 (18,3%) com lesão intra-epitelial de alto grau (NIC II + NIC III). A associação entre a média da contagem de linfócitos T CD4+ e a gravidade da lesão intra-epitelial cervical não foi significativa (p=0,901). CONCLUSÕES: não houve associação entre a contagem de linfócitos T CD4+ e a gravidade da lesão intra-epitelial do colo uterino, diagnosticada pelo exame histopatológico.<br>PURPOSE: to evaluate association between CD4+ cell count and cervical intraepithelial lesion severity in HIV-infected women. METHODS: cross-sectional study of 87 HIV-infected patients which were confirmed by previous serologic examinations. All had cervical HPV diagnosed by polymerase chain reaction (PCR). All patients underwent anamnesis, physical examinations and colposcopy. Cervix biopsy was performed when indicated by colposcopical examination. Histopathological results followed Richart's classification, adapted by Wright, and CD4+ cell count and cervical intraepithelial lesion severity association was analysed by comparison of means using analysis using analysis of variance (ANOVA). RESULTS: among 60 biopsied women 24 were found (40.0%) with CIN I, eight (13.3%) with CIN II, three (5%) with CIN III, 14 (23.3%) with chronic cervicitis and 11 with cytopathic effect of HPV, without cell polarity loss. This corresponds to 35 (58.3%) women with intraepithelial lesion of low grade (CIN I + HPV) and 11 (18.3%) with intraepithelial lesion of high grade (CIN II + CIN III). There was no significant association between CD4+ cell count mean and cervical intraepithelial lesion severity (p=0.901). CONCLUSIONS: there was no association between CD4+ cell count and cervical intraepithelial lesion severity diagnosed by histopathological examination

    Prevalence and risk factors for cervical intraepithelial neoplasia among HIV-infected women

    No full text
    OBJECTIVES: To evaluate the prevalence and the risk factors for cervical intraepithelial neoplasia (CIN) among HIV-infected women. METHODS: Cross-sectional study of 494 HIV-infected women in Brazil, between 1998 and 2008. Gynecologic exam was performed, and samples were collected for cervical cytology and for HPV DNA detection. Cervical biopsy was carried out when indicated. HPV infection, CD4 T-lymphocyte count and HIV viral load were compared with cervical histopathology. Univariate and multivariate statistical analyses were performed to evaluate the statistical association of several risk factors. RESULTS: CIN prevalence detected by histopathology was 23.4% (6% of CIN2/3 and 17.4% cases of CIN1). Multivariate analysis confirmed an independent association of CIN with CD4 T-lymphocyte count below 200 cells/mm³ (OR 5.0, 95% CI 2.5-10.1), with a positive detection of HPV DNA (OR 2.0, 95% CI 1.2-3.5), and with age < 34 years old (OR 1.5, 95% CI 1.0-2.4). HIV viral load and antiretroviral use were not independent risk factors for CIN. CONCLUSIONS: Severity of immunosupression, presence of HPV infection and younger age are strong predictors of CIN among HIV-infected women

    Prevalence and multiplicity of HPV in HIV women in Minas Gerais, Brazil Prevalência e multiplicidade do HPV em mulheres infectadas pelo HIV em Minas Gerais

    Get PDF
    OBJECTIVE: To detect the frequency and subtypes of HPV in the uterine cervix of HIV-infected women. METHODS: Sample consisted of 288 HIV-infected women, recruited from the public health system of five cities of Minas Gerais, Brazil. Women were seen from August 2003 to August 2008. Cervical samples were collected for cytological analysis and for HPV DNA detection, using polymerase chain reaction (PCR). HPV DNA was classified according to its oncogenic potential in low risk (types 6, 11) and high risk (types 16, 18, 31, 33, 35). Colposcopy was performed, followed by cervical biopsy when necessary. Categorical variables were compared using the Chi-squared test, with a significance level established at the 5% level. RESULTS: HPV prevalence was 78.8%. Most frequent genotypes were HPV-6 (63.9%) and HPV-16 (48.5%). High-risk HPV were observed in 70.5% of the women; low-risk in 71.4%; both high and low-risk HPV were detected in 55.1% of the patients. Multiple HPV genotypes were detected in 64.8% of the patients; two genotypes in 23.8%, and three in 18.9%. CONCLUSION: HPV prevalence was high among HIV-infected women. Multiple HPV genotypes were common in samples from the uterine cervix of HIV-infected women<br>OBJETIVO: Detectar a frequência e os subtipos do HPV na cérvice uterina de mulheres infectadas pelo HIV. MÉTODOS: A amostra era composta por 288 mulheres infectadas pelo HIV, recrutadas do sistema público de saúde de cinco cidades de Minas Gerais, Brasil. As mulheres foram avaliadas de agosto de 2003 a agosto de 2008. Amostras cervicais foram coletadas para análise citológica e para detecção do HPV DNA, usando a reação em cadeia de polimerase (PCR). O HPV DNA foi classificado de acordo com seu potencial oncogênico em baixo risco (tipos 6,11) e alto risco (tipos 16, 18, 31, 33, 35). Foi realizada colposcopia, seguida de biópsia cervical, quando indicada. Variáveis categóricas foram comparadas usando o teste do quiquadrado, com nível de significância estabelecido de 5%. RESULTADOS: A prevalência do HPV foi 78,8%. Os genótipos mais frequentes foram HPV-6 (63,9%) e HPV-16 (48,5%). Genótipos de HPV de alto risco foram observados em 70,5% das mulheres; de baixo risco em 71,4%; HPV de alto e baixo risco foram detectados em 55,1% das pacientes. Múltiplos genótipos de HPV foram detectados em 64,8% das pacientes; dois genótipos em 23,8%, e três em 18,9%. CONCLUSÃO: A prevalência do HPV foi alta entre mulheres infectadas pelo HIV. Múltiplos genótipos de HPV foram comuns em amostras da cérvice uterina destas mulhere
    corecore